É um processo semelhante ao ir saltar de um avião, se pensares bem. Cá em baixo, vestes o fato, estás super empolgado, tiras fotografias até, já só pensas em como será estar lá em cima, entras no avião, ganhas altitude e esperas que o teu paraquedas abra quando saltas! A diferença é que quando és um empreendedor não tens um paraquedas. Tens de ser tu a abri-lo para não ires por ali abaixo. Mas é isso que eu te vou ensinar a fazer hoje!
Vou partilhar contigo algo que eu adorava ter sabido mais cedo, principalmente nos primeiros 3 anos do meu negócio, em que não faturei praticamente nada…
Falo-te do modelo “Hype Cycle” criado pela consultora americana Gartner. Pensado para explicar a evolução da tecnologia, este gráfico do vale da desilusão também serve para o empreendedorismo. Já vais perceber.
Este gráfico com um S invertido defende que quando temos uma ideia, em qualquer negócio e em qualquer área, essa ideia vai sendo alimentada por nós, vai crescendo em expectativa, em entusiasmo, em tempo e em dinheiro. Essa ideia começa a ganhar forma, e quando já estamos lá em cima, no alto do gráfico, na curvatura máxima, e parece que tudo vai dar certo, caímos a pique e percebemos que essa ideia megalómana não era assim tão boa…
Entramos naquilo que este gráfico designa como o “Vale da Desilusão” …
Em primeiro lugar, sabe que é normal passar por isto e segundo este gráfico, QUALQUER IDEIA TEM DE PASSAR POR TODOS ESTES ESTÁGIOS! O problema é que a maior parte dos empreendedores não consegue sair do Vale da Desilusão, não consegue abrir o seu paraquedas…
Mas, ao ter esta perceção do gráfico hype cycle, conseguimos perceber que, depois do vale da desilusão, o S volta a fazer uma curva para cima, ou seja, começamos a entrar novamente na subida da iluminação! E depois dessa subida, vem aquilo que este gráfico define como o Platô da Produtividade, isto é, quando já estamos a obter resultados!
Qual é o grande problema aqui? É que todos nós, empreendedores, temos de compreender que o Vale da Desilusão faz parte da jornada empreendedora e se nós conseguirmos aguentar e superar aquela fase, depois vamos dirigir-nos para o sucesso e para os resultados que tanto ambicionamos!
Nos primeiros três anos do meu negócio, eu tinha muitos picos em que ia ao Vale da Desilusão com frequência, porque eu mal conseguia faturar de modo a pagar as despesas do meu negócio, mas a crença na minha paixão, era muito mais forte e consegui efetivamente persistir, resistir, insistir e nunca desistir! O que não significa que eu não possa ir novamente ao Vale da Desilusão com alguma ideia!
Aqui faz parte da jornada desbloquearmos estes impeditivos mentais. Não queiras ser disruptivo, sem fazer o básico antes. Inovação é importante claro, mas como é que vais inovar se não sabes fazer o básico?
Quando fracassas ou quando percebes que a tua ideia não vai funcionar, tens de criar o teu mindset expandido. Vou ensinar-te alguns truques. Em vez de entrares numa espiral de “A cidade que eu estou é demasiado pequena”, “o mundo é que não está preparado para a minha ideia” ou “eu não sirvo para nada, vou desistir”, aquilo que deves PENSAR é: “Muito bem, esta ideia é exequível ou não? Será que alguém já teve sucesso com ela?”
Às vezes somos tão criativos que acabamos por eliminar o nosso lado lógico que nos permite perceber se aquela ideia é boa ou não realmente. É importante que consigas descer à terra, arrumes o teu entusiasmo numa gaveta e penses de forma racional!
No meu caso, no quinto ano do meu negócio, quando eu quis transportar o meu negócio para o digital e as pessoas diziam que “isso nunca iria funcionar em Portugal” e todas aquelas pérolas, aquilo que eu fazia era pesquisar pessoas que já tivessem os resultados que eu queria ter e depois pensava: “se alguém já teve uma ideia e as coisas funcionavam, significa que é possível”, então, eu tinha de modelar aquilo que essas pessoas fizeram.
Não podes simplesmente estar apaixonado por uma ideia e esperar que ela vá funcionar. Lamento dizer-te, mas não funciona assim. Vais ter de fazer o luto de muitas ideias INÚMERAS VEZES!
Antes de mandares aos leões, pensa sempre “Já existe alguém em Portugal ou no mundo com uma ideia semelhante que tenha tido resultados?” Se sim, sugiro que vás pesquisar as redes dessa pessoa e, quem sabe, até trabalhar com ela, se ela tiver programas que sejam do teu interesse.
Por exemplo, dentro da minha comunidade de instrutores, e estamos a falar de pessoas que, na maior parte dos casos, estão a começar do zero, não têm logo os resultados que querem num primeiro ou segundo lançamento, mas nem por isso desistem, porque têm o meu exemplo e de uma série de colegas que mostram que é possível viver de um negócio de um curso online com sucesso.
Se alguém efetivamente já teve sucesso com a ideia que queres implementar, então, meu amigo, é uma questão de tempo (e uma boa dose de paciência!). Segundo um estudo, são precisos 9 ou 10 falhanços para ter sucesso. O problema é que, e eu digo isto aos meus empreendedores, nós não nos preparamos para o sucesso, preparamo-nos para o fracasso.
Para mim, sermos empreendedores, é sem dúvida um ATO DE FÉ porque nós acreditamos em coisas que ninguém vê ainda. Já tinhas pensado, nisto? Nós acreditarmos, mesmo sem vermos.
Então, grandes dicas finais aqui para ABRIRES O TEU PARAQUEDAS:
-POR DETRÁS DO TEU NEGÓCIO, TEM DE ESTAR SEMPRE UMA GRANDE PAIXÃO!
-OLHA PARA O ERRO COMO UMA OPORTUNIDADE DE FAZER MELHOR NUMA PRÓXIMA!
-COMPREENDE QUE FAZ PARTE DA JORNADA ERRAR E DESILUDIRES-TE
-VAI VER O QUE OS OUTROS ESTÃO A FAZER LÁ FORA PARA A IDEIA RESULTAR
-CRIA O TEU MINDSET DE EMPREENDEDOR
-PERGUNTA-TE: “ERRARIAS DE NOVO SE SOUBESSES O QUE SABES HOJE?”
Lembra-te sempre: precisaste de cair muitas vezes até aprenderes a andar, esfolaste os joelhos vezes sem conta até conseguires estar em pé na bicicleta e não penses que os grandes génios nunca fracassaram!
Van Gogh conseguiu criar quase 900 pinturas num período de 10 anos e vendeu apenas uma.
Steven Spielberg, um dos cineastas mais bem-sucedidos do mundo, foi recusado pela Escola de Teatro da Universidade do Sul da Califórnia.
Thomas Edison, o inventor da lâmpada, foi considerado por um professor, “muito burro para aprender alguma coisa”.
E tu, ainda achas que não és capaz?
CONSISTÊNCIA, é essa a palavrinha mágica que deve entoar nos teus ouvidos e no teu cérebro. Vai haver dias em que vais querer chorar, desistir e quebrar completamente…
Mas se no dia a seguir, tu continuares a levantar-te para fazer tudo de novo, eu tenho uma notícia para ti: TU ÉS UM VENCEDOR!
Beijinhos e Abraços Inspiradores ❤️